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Aula TCC: resultados e discussão do artigo científico

Atualizado: 18 de dez. de 2022


A palavra resultado significa a apresentação dos dados da pesquisa, sem nenhum comentário, e pode ser apresentado em gráfico, tabela, quadro, figuras, fluxogramas, etc.

A palavra discussão significa fazer as considerações acerca dos resultados apresentados, sendo .de bom tom explorar comparativos dessas considerações com outros autores (CINTRA, 2021).




1. Como trabalhar com os dados dos resultados da pesquisa?



Você pode apresentar os resultados na forma de tabelas, gráficos, figuras, quadros, fluxograma.

De acordo com Marconi e Lakatos (2003) a interpretação dos resultados é a parte mais importante do trabalho. É o momento do pesquisador mostrar que compreendeu as informações contidas nas entrelinhas, ou seja, que são resultados de uma apreciação crítica.


Exemplos de como trabalhar com os resultados da pesquisa:



Exemplo 1



Exemplo 2


Exemplo 3


Exemplo 4




2. A discussão


A discussão é o local do artigo que abriga os comentários sobre o significado dos resultados, a comparação com outros achados de pesquisas e a posição do autor sobre o assunto. Iniciar a discussão realçando em poucas palavras os achados mais importantes é uma boa ideia. Merecem ser apontadas as limitações do método que possam ter influenciado substancialmente os resultados e alterar as conclusões da investigação. Essas limitações estão relacionadas ao tipo de delineamento empregado ou a detalhes da própria investigação. Também são comentados aspectos positivos, entre os quais as providências adotadas para neutralizar as limitações, para contorná-las ou estimar sua influência nos resultados (PEREIRA, 2011).


O relacionamento dos achados da investigação com o conhecimento relevante, disponível no momento da redação do artigo, é outro tópico a incluir. A interpretação de comparações entre estudos é problemática na presença de diferenças metodológicas. Só há sentido em comparar frequências quando produzidas de maneira semelhante. Se, em uma pesquisa, os dados forem obtidos por entrevista e, em outra, pela verificação de prontuários, as diferenças encontradas podem refletir apenas a forma de coleta de dados. Muitos outros fatores explicam a variação de resultados alcançados por diferentes investigações, entre os quais se encontram os tipos de delineamento, os cenários em que as pesquisas se realizam, os critérios de classificação para incluir ou excluir pacientes da casuística, as definições de variáveis, as características dos grupos estudados, o teor das intervenções (dose, duração) e o tamanho de amostra. Assim, as especificidades e a qualidade dos trabalhos, suas limitações e seus aspectos positivos são levados em conta na referência a outros artigos, presente na discussão. O leitor se beneficiará ao se familiarizar com as revisões sistemáticas, especialmente nos aspectos concernentes à reunião, avaliação e classificação da qualidade dos artigos. O confronto de dados entre estudos metodologicamente homogêneos permite concluir, com maior convicção, se os resultados da literatura concordam ou não com os da investigação que se relata. Quando os resultados apontam para a mesma direção, a discussão é mais simples de ser conduzida. Se há marcadas discrepâncias entre os achados, essas discrepâncias são registradas e comentadas na tentativa de esclarecer os possíveis motivos das diferenças. A imparcialidade é uma característica muito apreciada nos investigadores. Ela se manifesta de muitas maneiras, sendo uma delas incluir, na discussão, os relatos que não coincidam com os resultados da própria investigação (PEREIRA, 2011).


A discussão é a parte do artigo que se depara com o desafio de manter o equilíbrio entre erudição e concisão. É importante apresentar ao leitor as implicações dos resultados obtidos, e, ao mesmo tempo, não desviar significativamente dos achados objetivos. Em outras palavras, algum nível de especulação sobre o potencial dos achados é esperado, sem, no entanto, permitir que as asas da imaginação conduzam o texto para o etéreo domínio do devaneio, sem fundamento em dados obtidos n