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Foto do escritorSabrina Kaely

Entenda como é feita a classificação de dietas enterais (parte 2)



Na primeira parte sobre a classificação das dietas enterais falamos sobre os tipos (artesanal ou industrializada), classificação quanto a densidade calórica, formulas padrão e especializadas, completa e incompleta e classificação quanto a hidrólise, se você ainda não viu procure pelo post CLASSIFICAÇÃO DE DIETAS ENTERAIS (Parte 1).


Continuando, além das características citadas, as dietas enterais podem ser classificadas em sistema aberto ou fechado. Segundo a RDC 503/2021 - são classificadas em sistema aberto, aquelas dietas cuja necessite de manipulação antes da administração, ou seja, dietas em pó, que necessitem de diluição ou líquidas onde se faz necessário o porcionamento da mesma. Já as de sistema fechado, são aquelas dietas prontas para serem administrada, a própria embalagem é acoplada ao equipo de infusão.


A osmolalidade de uma dieta enteral é atribuída ao número de partículas dissolvidas na solução. Sendo assim, as dietas enterais podem ser classificadas em: Hipotônica (280-300mOsm/kg de água), Isotônica (300-350mOsm/kg de água), levemente hipertônica (350-550mOsm/kg de água), hipertônica (550-750mOsm/kg de água) e acentuadamente hipertônica > 750 mOsm/kg de água). Na prática clínica, estes valores muitas vezes são relacionados com a tolerância digestiva da formulação enteral. O estômago pode tolerar dietas com osmolalidade mais elevada, enquanto porções mais distais do trato gastrointestinal já respondem melhor às formulas isotônica.


Os nutrientes que mais afetam a osmolalidade de uma solução são os carboidratos simples (mono e dissacarídeos), que apresentam um efeito osmótico maior que os carboidratos de maior peso molecular (amido), os minerais e eletrólitos, pela propriedade de dissociação em partículas menores (sódio, cloreto, potássio, por exemplo), as proteínas hidrolisadas e os aminoácidos cristalinos, bem como os triglicerídeos de cadeia média, por serem mais solúveis que os de cadeia longa. Quanto mais componentes hidrolisados contiver a formulação, maior será o valor da sua osmolalidade.


Quanto ao teor de macronutrientes de uma dieta enteral a classificação ocorre da seguinte forma: carboidratos: hipo (<50%) ou hiper glicídica (>60%), proteínas: hipo (<10%) ou hiper proteica (>20%), lipídeos: hipo (<15%) ou hiper lipídica (>35%).


Considerando os vários tipos de dietas enterais a seleção da fórmula mais adequada ao paciente deve ser feita por um nutricionista bem capacitado e que entenda suas diferenças e aplicações, acompanhar os tipos de dietas que são lançadas no mercado e as publicações científicas sobre o tema são estratégias importantes que o profissional deve ter como prioridade quanto a atuação pedir conhecimento sobre esta área.


Referências:


WAITZBEERG, D. L Nutrição oral, enteral e parenteral na prática clínica. 5ª ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2017.


RESOLUÇÃO RDC Nº 503, DE 27 DE MAIO DE 2021. Dispõe sobre os requisitos mínimos exigidos para a Terapia de Nutrição Enteral. Disponível em: < https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2020/rdc0503_27_05_2021.pdf>. Acesso em: 23/02/2023


Como referenciar este post?


MACHIAVELLI, Sabrina. Entenda como é feita a classificação de dietas enterais (parte 2) . Post 425. Nutrição Atenta. 2023.

Instagram: @nutricionistasabrinakaely

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