O que pensar da nutrição no futuro?
- nutricaoatenta
- 30 de mai.
- 2 min de leitura

O futuro da nutrição no Brasil está intrinsecamente ligado a fatores sociais, econômicos, políticos, ambientais e tecnológicos. Para refletir sobre esse futuro, é fundamental analisar tendências emergentes, desafios atuais e perspectivas que envolvem a alimentação, a saúde pública e os sistemas alimentares sustentáveis.
Abaixo estão alguns pontos-chave com referências bibliográficas que podem orientar uma reflexão crítica e fundamentada sobre o futuro da nutrição no Brasil:
1. Transição Alimentar e Doenças Crônicas
A dieta dos brasileiros tem mudado rapidamente, com aumento do consumo de alimentos ultraprocessados e redução da ingestão de alimentos in natura. Esse cenário contribui para o crescimento de doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs), como obesidade, diabetes e hipertensão.
2. Segurança Alimentar e Soberania
O Brasil voltou ao Mapa da Fome da ONU em 2022, evidenciando a necessidade urgente de políticas públicas eficazes para garantir o acesso à alimentação adequada, segura e nutritiva, especialmente em populações vulneráveis.
3. Sustentabilidade e Sistemas Alimentares
A nutrição do futuro no Brasil precisa considerar a sustentabilidade ambiental dos sistemas alimentares. Incentivar dietas sustentáveis significa promover o consumo de alimentos locais, biodiversos, minimamente processados e de base vegetal.
4. Inovação Tecnológica na Nutrição
O uso de inteligência artificial, aplicativos de rastreamento nutricional, alimentos funcionais e nutracêuticos está em expansão. Essas tecnologias têm potencial para personalizar dietas e ampliar o alcance da educação nutricional.
5. Educação Alimentar e Nutricional (EAN)
A promoção da EAN é essencial para melhorar hábitos alimentares da população. A atuação de nutricionistas em escolas, unidades de saúde e comunidades pode ser expandida para formar consumidores mais críticos e conscientes.
6. Políticas Públicas e Intersetorialidade
O fortalecimento de políticas como o Guia Alimentar para a População Brasileira e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) é crucial para garantir a promoção da alimentação saudável em larga escala.
Referências bibliográficas
Brasil. Ministério da Saúde. (2012). Marco de Referência de Educação Alimentar e Nutricional para as Políticas Públicas. Brasília: MS. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/marco_referencia_educacao_alimentar.pdf. Acesso em: 30 maio 2025.
FAO & WHO. (2019). Sustainable healthy diets – Guiding principles. Rome: Food and Agriculture Organization. Disponível em: http://www.fao.org/3/ca6640en/ca6640en.pdf. Acesso em: 30 maio 2025.
Ministério da Saúde. (2014). Guia Alimentar para a População Brasileira. Brasília: MS. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_alimentar_populacao_brasileira_2ed.pdf. Acesso em: 30 maio 2025.
Monteiro, C. A., et al. (2019). A nova classificação dos alimentos baseada na extensão e propósito do processamento: NOVA. Cadernos de Saúde Pública, 33(3), e000000.https://doi.org/10.1590/0102-311X00000016.
Mozaffarian, D., et al. (2021). Nutrition science in the 21st century: Progress, challenges, and prospects. Cell Metabolism, 33(5), 917-931.https://doi.org/10.1016/j.cmet.2021.03.019
Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede PENSSAN). (2022). II Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da COVID-19 no Brasil. Disponível em: https://olheparaafome.com.br/. Acesso em: 30 maio 2025.
Como referenciar este post?
CINTRA. Patricia. O que pensar da nutrição no futuro?. Post 757. Nutrição Atenta. 2025.