Vilanizaram o alimento mais antigo da humanidade: o pão!
Na verdade, dizem que o grande problema é a farinha de trigo, mas o problema mesmo é o processo industrial de produção de pães.
Durante o processo de produção de pães, ocorre a formação de glúten.
O glúten é uma combinação de proteínas, sendo as principais a glutenina e a gliadina, que se desenvolvem a partir da sova.
O glúten é responsável pela estrutura do pão por segurar os gases durante a fermentação, garantindo um pão macio, leve e saboroso!
O problema é que o glúten é uma mistura complexa de proteínas, de difícil digestão para nosso corpo. A única forma de fazer uma pré-digestão é através do processo de longa fermentação, que pode durar de 24 a 72 horas, dependendo do pão.
Além da longa fermentação, o uso de fermento natural com levain é determinante para o resultado final. O levain é um fermento fresco, produzido a partir da mistura de água e farinha em temperatura ambiente por 30 dias. Os microorganismos resultantes desse processo fazem a fermentação da massa gerando muito mais sabor ao produto final.
A longa fermentação ocorre em temperatura controlada permitindo que os microrganismos presentes no fermento natural façam a digestão do glúten e dos açúcares complexos trazendo muito mais sabor e leveza para o pão.
Por isso, pães de fermentação longa e natural são mais leves, mais saborosos e mais saudáveis! Não causam sensação de estufamento e desconforto abdominal como os pães industriais.
Crédito das fotos: @zoepacoca
Como referenciar este post?
NOLASCO, Jeferson. O trigo não é o vilão! Post 298. Nutrição Atenta. 2022.
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