Obesidade: o desafio do momento

Com o acesso facilitado as telas e novas tecnologias, nota-se um nível de sedentarismo bem elevado, assim também como uma inversão de horários e hábitos alimentares. Toda essa mudança afeta diretamente o corpo, desregulando o sono, os hormônios e o bom funcionamento da microbiota intestinal. Esta é fundamental para regular a fome, a inflamação e o metabolismo.

Hábitos alimentares fartos de ultraprocessados, pouca fibra e horários irregulares reduzem o bom funcionamento da microbiota, favorecendo a resistência à insulina, aumentando a absorção de gordura e consequentemente os processos inflamatórios o resultado é maio nível de obesidade.

Hoje é muito comum o uso das telas, desde trabalho até principalmente entretenimento, a questão é o tempo que permanecemos ali. Os conteúdos direcionados ao público infantil são quase que em sua maioria uma venda direta de produtos, brinquedos e alimentos de pouquíssimos e/ou até nenhum valor nutricional, ao contrário, são alimentos cheios de gordura, sódio, corantes, aditivos e açúcares, sem dúvida alguma cheios de sabor e texturas que fazem as crianças sempre querer mais.

Os pais na busca de “praticidade”, satisfação dos pequenos e facilidade tendem a ceder os gostos dos filhos, contribuindo para que seja algo comum, normal. O que antes era esporádico, agora se torna hábito. Estranho é ter frutas e lanches saudáveis na lancheira, mochila ou bolsa.

Aos mesmo tempo que tudo evoluiu para trazer mais conforto, acessibilidade e praticidade. Os bons costumes de ser ativo, reunir amigos e família em volta da mesa, se alimentar com uma boa refeição, colorida, saborosa e cheia de afeto, parece que foram esquecidos ou simplesmente deixados de lado, dando vez aos fast food.

Doenças que há pouco menos de uma ou duas décadas atrás eram vistas como consequência não só dos hábitos, mais também da idade, hoje estão entre crianças de 6,10,12 nos de idade. As pessoas não conseguem, não sabem interpretar os rótulos, mesmo com todas as adequações e mudanças recentes, isso é crucial, na escolha dos alimentos. Poucos ajustes trariam mudanças valiosas:

 Sono regular e de qualidade → mantém o ciclo circadiano estável.

 Dieta rica em fibras e alimentos naturais → melhora a microbiota.

 Redução do tempo de tela → melhora o sono e estimula atividades físicas.

 Rotina de horários fixos para comer e dormir → otimiza o metabolismo.

Hábitos saudáveis não são difíceis de aderir, contudo é necessário diferentes formas de informação, que chegue para todos os públicos, uma linguagem facilitada talvez mais dinâmica, mais atrativa.