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Ultraprocessados: os dados são assustadores



ATUALIDADES


INTERGRAN, ISSN Nº 2764-6726. V. 1, Edição número 1. Ano de 2022


Dados alarmantes revelam que até 2025 haverá 29 mil casos de cânceres associados à obesidade e um dos motivos para esses números aumentarem vertiginosamente é o consumo excessivo de alimentos ultraprocessados (BRASIL, 2018). Além disso, as DCNTs têm um alto custo para os cofres públicos.

Em 2018 os custos totais de hipertensão arterial sistêmica, diabetes melito e obesidade no Sistema Único de Saúde (SUS) alcançaram 3,45 bilhões de reais. A hipertensão arterial foi responsável por 59% do custo direto, enquanto o diabetes correspondeu a 30% e a obesidade, a 11% (NILSON et al, 2018).

Pelos motivos expostos acima e devida a insegurança alimentar causada pela COVID-19 a sociedade vive uma transição nutricional.


1. REFLEXO DA PANDEMIA DA COVID-19


De acordo com algumas pesquisas, o ato de se alimentar foi mudando conforme o indivíduo entrava em isolamento social.

O brasileiro passou a consumir mais alimentos ultraprocessados em detrimento da alimentação saudável, que é uma das formas de prevenção de doenças, por aumentar a imunidade.

A ansiedade, o medo, o acúmulo de tarefas em casa, a mudança de hábitos, mais tempo ocioso, além do sedentarismo, impulsionaram todas essas mudanças (MALTA et al., 2020).


2. GASTOS COM ULTRAPROCESSADOS


Um dado relevante apontado em estudo, avaliou os gastos e despesas com alimentação, saúde e lazer dos brasileiros e concluiu que as guloseimas representam valor significativo (R$ 864,25) em relação à cesta básica (ABRAS, 2020).


Bortolini et al (2020) defendem que a má alimentação é um dos principais fatores de risco relacionados à carga global de doenças no mundo, sendo que no Brasil, em 2015, essa má alimentação foi o fator de risco que mais contribuiu para os anos de vida perdidos, superior ao uso de álcool, drogas, tabagismo e inatividade física.


3. ESTUDOS RECENTES


A indústria e o comércio de alimentos desenvolveram produtos capazes de impor padrões estratégicos de ingestão para o ser humano e nesse sentido, com relação à composição, sabe-se que três pontos são infalíveis: açúcar, gordura e sal.


Esses alimentos têm alta estimulação hedônica e induzem à hiperalimentação mesmo na ausência de fome e além disso, diminuem a saciedade e podem gerar um comportamento semelhante ao de um dependente químico em algumas pessoas (SAWAYA et al., 2018).


Recentemente foi descoberto o sistema hedônico não homeostático que inclui os mecanismos de controle de recompensa e prazer, emotivos, cognitivos e temporais (horário do dia e estação do ano).


Os núcleos hedônicos que controlam a ingestão de energia são de ordem superior e incluem o hipocampo, a amígdala, a área tegmentar ventral, o núcleo acumbens, o córtex pré-frontal, entre outros (SAWAYA et al., 2018).


Estresse agudo e crônico na obesidade


Fonte: SAWAYA et al., (2018).


Ciclo vicioso com a associação entre estresse, aumento da ingestão alimentar e obesidade

Fonte: SAWAYA et al., (2018).


O que fazer?


1.Consultar o aplicativo desrotulando. É possível baixar o app no celular.

2.Verificar a rotulagem nutricional.

3.Consumir eventualmente.





Como referenciar este post?

CINTRA, Patricia. Ultraprocessados: os dados são assustadores. Post 528. Nutrição Atenta. 2023.


Instagram: @cintra.nutricionista e @nutricao_atenta

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