O cromo (Cr) é elemento essencial para a normalidade do metabolismo de carboidratos e lipídeos. Em 1950 Schwarz & Mertz publicaram um artigo demonstrando que o Cr tem papel importante na manutenção da normalidade na tolerância à glicose, bem como que a deficiência desde mineral prejudica a utilização da mesma.
Em que alimentos encontramos o cromo e como nosso organismo o utiliza?
Bom, o cromo está distribuído em diversos tipos de alimentos, a quantidade varia bastante, pois os alimentos sofrem influencias de fatores geoquímicos, além disso o Cr pode aumentar ou diminuir com o processamento dos alimentos, açúcares e grãos normalmente perdem Cr quando são refinados, alimentos mais ácidos acumulam Cr durante o preparo e processamento, em particular quando aquecidos em recipientes de aço inoxidável. Grãos e cereais contêm maiores quantidades de Cr do que frutas e vegetais, carnes bovinas, de aves e de peixes também fornece este mineral.
A absorção do cromo parece estar relacionada com a quantidade ingerida, ao consumir cerca de 10µg (micrograma) de Cr/dia a absorção foi por volta de 2%, porém quando a ingestão foi de 40µg/dia a absorção foi de apenas 0,5%.
A biodisponibilidade deste mineral é maior quando ingerido com vitamina C, já dietas ricas em carboidratos simples aumentam a excreção urinária de cromo, ou seja, perde-se cromo do organismo, entretanto dietas ricas em carboidratos complexos proporcionam maiores concentrações deste mineral. Sendo assim, a fonte de carboidrato parece ter efeito significativo nas concentrações de Cr nos tecidos.
Deficiência
A deficiência deste mineral pode ser mais comum em indivíduos com ingestão elevada de carboidratos simples, gestantes e idosos em situações de estresse também podem apresentar deficiências. Os sintomas foram vistos em pacientes com dietas parenterais sem cromo: perda de peso, neuropatia periférica, prejuízo na remoção de glicose do sangue e aumento de ácidos graxos livres circulantes.
Recomendações
A recomendação de cromo para homens maiores de 19 anos é de 35µg, já para mulheres a recomendação é de 25µg, durante a gestação e lactação essa recomendação aumenta para 30µg e 45µg respectivamente.
Como vimos, o cromo tem papel fundamental no metabolismo dos carboidratos, sendo assim ter uma alimentação que contemple os carboidratos complexos (grãos integrais, tubérculos, aveia...) parece ser uma boa forma de manter o consumo deste mineral em dia e ainda contribuir para o bom funcionamento da insulina em nosso organismo, logo, podemos perceber que quanto mais optarmos por alimentos innatura e minimamente processados em detrimento dos ultraprocessados (ricos em açúcares finos), parece ser a melhor opção para uma alimentação saudável e fornecimento de vitaminas e minerais essenciais para o bom funcionamento do nosso corpo.
Fontes:
COZZOLINO, S. M. F; COMINETTI, C. Bases bioquímicas e fisiológicas da nutrição: Nas diferentes fases da vida, na saúde e na doença Barueri, SP Manole, 2013
SEIXAS D.; REIS J. Manual de Micronutrientes: Funções, alimentos fontes e suplementação. Ebook (Licenciado para - Sabrina Kaely Vital Machiavelli - 02126201180 - Protegido por Eduzz.com).
Como referenciar este post?
MACHIAVELLI, Sabrina. Proteína: Papel do Cromo na resistência insulínica. Post 186. Nutrição Atenta. 2021.
Instagram: @nutricionistasabrinakaely
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