No âmbito da redação acadêmica, o plágio – o ato de usar o trabalho ou as ideias de outra pessoa sem a devida atribuição – é considerado uma grave violação ética. Universidades e faculdades de todo o mundo se esforçam para manter os padrões de originalidade e integridade acadêmica.
Mas afinal o que é plágio?
Ele vai além da mera cópia e inclui a replicação ou duplicação do roubo intelectual de outra pessoa, incluindo ideias, expressões e até mesmo estruturas específicas. O plágio prejudica os valores fundamentais da educação, como criatividade, inovação e autenticidade.
A detecção de plágio é uma das funções para quem trabalha com pesquisa acadêmica e é muito comum o acadêmico perguntar: qual é o nível aceitável de plágio para o trabalho acadêmico, então vamos lá.
Não existe um padrão universal para uma porcentagem “aceitável” de plágio. Diferentes instituições e educadores podem ter limites variados, muitas vezes dependendo da natureza do trabalho, do nível de estudo e do assunto. Algumas universidades podem tolerar um índice de similaridade de 10-15% como permissível, considerando-o como uma semelhança acidental ou coincidente. |
Em última análise, a determinação do que constitui um nível aceitável de semelhança cabe ao julgamento acadêmico dos educadores e às políticas de plágio de instituições específicas. Os professores e os comitês acadêmicos avaliam se o conteúdo demonstra originalidade e esforço intelectual suficientes.
O limite de 3% contido no CopySpider, por exemplo, para indicação de possível existência de cópias indevidas (plágio) entre documentos, está apoiada em pesquisas internacionais sobre os temas anti plagiarism (anti plágio) e document similarity (semelhança de documentos). Também é importante destacar que o limite de 3% não está diretamente relacionado à comparação de conteúdo, texto e parágrafos, dos arquivos. Por exemplo, ao encontrar um resultado de 10% de similaridade entre um documento de entrada A e outro B disponível na internet, isto não significa que 10% do documento A foi encontrado no conteúdo do documento B.
Outros sites também trabalham com o limite de 3% e a similaridade está relacionada à comparação e identificação de trechos raros entre os documentos A e B. Os trechos raros são sequências de palavras que aparecem poucas vezes, geralmente apenas uma, em cada documento.
Por exemplo, considere um documento A com 500 trechos e outro documento B com 1000 trechos. Caso o documento A tenha seu conteúdo totalmente copiado do documento B, a estatística de termos semelhantes é igual a:
S = (Trechos Comuns) / (Trehcos Distintos) = 500 / (500 + 1000 - 500) = 0,5 ou 50%
Note que 50% é bastante diferente dos 100% que muitos usuários esperam, fato esse que nos é perguntando com certa frequência. Observe também que a similaridade de documentos totalmente copiados pode ser muito menor do que 100%, caso os documentos possuam tamanhos bastante diferentes.
Você deverá analisá-lo e encontrar:
Citações indiretas que tenham caído em plágio e corrigi-las.
Encontrar palavras e frases que possam ter caído em plágio. Palavras muito utilizadas em artigos podem cair no plágio.
Caso você tenha pegado uma lei em um artigo e colocado no seu TCC, por exemplo, pode acusar plágio. Mesmo referenciando esta lei como retirada da constituição, o farejador vai considerar como cópia.
Estratégias Para Evitar o Plágio
Uma estratégia fundamental é dominar a arte da paráfrase – expressar as mesmas ideias com palavras diferentes sem perder o significado original. Igualmente importante é a citação adequada das fontes, que reconhece os autores originais e evita as armadilhas do roubo acadêmico.
Incentivar os alunos a desenvolver seu pensamento crítico e suas habilidades analíticas é essencial para promover a originalidade. Essa abordagem promove um envolvimento mais profundo com o material, levando a um trabalho acadêmico mais autêntico e inovador.
Referências bibliográficas.
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Como referenciar este post?
CINTRA, Patricia. Qual é o nível aceitável para plágio?. Post 679. Nutrição Atenta. 2024.
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