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Ultraprocessados pegam a onda do veganismo


São diversas as razões que levam uma pessoa a optar por uma alimentação vegetariana ou vegana. Existem aqueles que não toleram bem fisiologicamente, os alimentos de origem animal, outros prezam pelo bem estar e pela vida dos animais enquanto outros possuem motivações religiosas.


Independente das motivações de cada um, estudos comprovam que reduzir o consumo de alimentos de origem animal traz benefícios à saúde e que uma alimentação vegetariana ou vegana pode ser tão balanceada quanto uma alimentação onívora, mas tudo vai depender de como são feitas as escolhas alimentares.


Na rotina acelerada do dia a dia, muitas pessoas encontram refúgio nos alimentos industrializados, fabricados para tornar a dieta mais saborosa, sofisticada e prática. Dentre estes produtos encontram-se versões anunciadas como light, fit, low carb, e veganos, que parecem boas opções na busca pelo equilíbrio entre saúde e conveniência.


Com o aumento da população vegetariana ou vegana, muitas empresas têm aproveitado a onda e incluído em seus portfólios produtos de origem vegetal que mimetizam as versões de origem animal, sendo idênticos em nome, gosto e textura, sem tampouco deixar de comercializar suas versões tradicionais.


Para as grandes corporações esta é uma ótima solução. Afinal, ao invés de se sentir ameaçados pela mudança nos padrões de consumo, encontraram na nova tendência uma maneira de expandir os negócios.


Teoricamente, pessoas em transição para o vegetarianismo e veganismo poderiam sentir conforto em consumir os mesmos alimentos em suas versões sem sofrimento animal. No entanto, o fato de um produto ser vegano não o torna necessariamente mais saudável, ou ainda, mais sustentável.


O selo que atesta que um produto é vegano se torna atrativo, mas o que vem por trás pode ser prejudicial à saúde, muitas vezes nos induzindo ao erro. Um dos problemas de consumir esses produtos “do futuro” é que a maioria deles é composta de basicamente os mesmos ingredientes, mudando apenas um aromatizante aqui, ou um corante ali. Basta observar a lista de ingredientes atentamente: a soja e o milho reinam em grande escala.


Além disso, é preciso lembrar que a única diferença de um produto vegano em relação a um não vegano é que não há animais envolvidos em seu cultivo ou elaboração. Neste caso, continuam sendo produtos ultraprocessados, ou seja, são elaborados com técnicas industriais complexas, possuem baixo valor nutricional, excesso de sal, açúcar, gorduras e aditivos químicos que estão ligados a maior risco de doenças cardiovasculares, diabetes e câncer.


O veganismo se preocupa também com questões éticas, morais, ambientais e de sustentabilidade. Em um primeiro momento pode parecer que, com a redução do consumo de alimentos de origem animal, haverá diminuição do impacto ambiental entre outros problemas. Mas a questão é bem mais complexa do que parece. Alimentos ultraprocessados, de origem vegetal ou não, utilizam embalagens plásticas e poluentes e promovem as monoculturas.


Por outro lado, uma alimentação vegetariana ou vegana equilibrada, baseada em alimentos in natura e minimamente processados poderá fornecer ao seu organismo todos os nutrientes necessários para uma vida saudável, conforme recomendado no Guia alimentar para a população brasileira.


A melhor forma de garantir esse equilíbrio é com o auxílio de um profissional nutricionista, que vai adequar suas necessidades nutricionais à sua rotina .


Como referenciar este post?


BRUNHARO, Marina; AQUINO, João Marcos. Ultraprocessados pegam a onda do veganismo. Post 190. Nutrição Atenta. 2021.

Instagram: @nutrimarinabrunharo e @marcos_fitnutri



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