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Vitamina D x obesidade


Contextualização


A vitamina D realiza funções metabólicas importantes no organismo, por exemplo, na regulação da homeostase óssea em razão da presença de receptores dessa vitamina em grande parte dos tecidos, funções extraesqueléticas com efeitos imunomoduladores em linfócitos B e T ativados e macrófagos, antimetastáticos em células cancerígenas, bem como tem efeitos protetores contra doenças cardiovasculares e desordens metabólicas (Bike, 2016; Dominguez et al., 2021).


Nos últimos anos os conhecimentos sobre as funções biológicas da vitamina D têm avançado, com ênfase no papel de seu receptor, denominado receptor de vitamina D (VDR), que pode desempenhar ações genômicas e não genômicas. A atuação genômica dessa vitamina envolve seus receptores nucleares específicos, que modulam a expressão de genes codificantes para proteínas com funções fisiológicas importantes. Esses receptores são expressos em diversos tipos de células, como as do epitélio do intestino delgado, dos osteoblastos, dos osteoclastos, das células hematopoiéticas, dos linfócitos, das células epidérmicas e pancreáticas, dos miócitos, adipócitos e neurônios (Jorge et al., 2018; Qu; Wu; Jiang, 2021).


A vitamina D favorece a síntese e a secreção de insulina pelas células beta pancreáticas, tanto por mecanismos diretos no estímulo à transcrição de genes responsáveis pela transcrição da insulina quanto indiretos, por favorecer o efluxo de cálcio intracelular ionizado, visto que a secreção desse hormônio é dependente de cálcio. Além disso, exerce papel protetor contra a apoptose de células da ilhota pancreática induzidas pela hiperglicemia a partir da supressão da hiperatividade do sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA) (Melguizo-Rodríguez et al., 2021; Wimalawansa, 2018).



Vitamina D fornecida pela alimentação


Destaca-se que é incorporada nas micelas e sua captação pelos enterócitos ocorre por difusão simples.


No espaço intracelular ocorre a metabolização da vitamina D2 ou D3 para serem incorporadas aos quilomícrons e transportadas pela circulação para a metabolização hepática ou armazenamento, em particular no tecido adiposo (Santos et al., 2016; Chang; Lee, 2019).


Vitamina D fornecida por síntese cutânea


Ocorre principalmente nas camadas profundas da epiderme, no estrato espinhoso e basal, local de armazenamento da 7-deidrocolesterol, seu precursor.


Esse composto é convertido em colecalciferol por meio da ação dos raios UVB nas duplas ligações do 7-deidrocolesterol, resultando na abertura do anel B e na formação da pré-vitamina D, que é rapidamente convertida em vitamina

D3 em decorrência do estímulo pelo aumento da temperatura na pele (Castro, 2011; Bennour et al., 2022).





Como referenciar este post?

CINTRA, Patricia. Vitamina D x obesidade. Post 533. Nutrição Atenta. 2023.

Instagram: @cintra.nutricionista. @nutricao_atenta

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